Bastam
dois pares de chinelo. E pronto, temos o essencial para um jogo de
futebol. Os chinelos serão as traves. Dividimos os jogadores, quase
sempre metade para cada lado e pronto: A esfera roda. Na praia, na
praça, na grama do quintal, na rua, na sala de jantar. E lá seremos
outros, ainda que por instantes. Eu já fui Zé Sérgio, o melhor jogador
de futebol do planeta. Já fui Chulapa, Dario Pereira e Getúlio. Com o
Grande e o Pequeno sou Rogéeeeeeeeeeeerio. Já fui Sócrates, Rocheteau e
até Boniek. E fui o arqueiro camaronês Nkono. E Tilico, Élvio,
Bernardão, Zé Teodoro. E enfrentei e joguei junto nas mesmas equipes de Zico, Biro, Jorge Mendonça, Dicá, Juari, Lato, Kempes. O Grande já
foi Luis Fabiano, Robben e Cristiano Ronaldo. O Pequeno, Lucas, Messi e
ambos já foram, vejam só, para desgosto paterno, Neimar.
Nesses jogos de chinelo pouco importa o que a crítica especializada acha dos craques, quais as notícias, quem vai casar com quem, se o jogador é bom de família, se cai na noite ou sei lá mais que saramaleques. Nessas horas o que realmente importa é o que o Zé Sérgio fez pela gente. E pronto. Mas a gente cresce....
Algo em Cristiano Ronaldo me incomoda. Me incomoda, e muito, a forma como que boa parte da crítica "especializada" trata o português. Cristiano é um jogadoraço, um gênio, decisivo, craque, sobrenatural. Mas o que importa é o cabelo, o olhar para o vetê, o exibicionismo e a arrogância. Ou as vitrines de roupa, perfumes ou sei lás que ele, como marca, ajuda a vender.
Cristiano Ronaldo, baleado, numa seleção frágil e fraca, no último minuto de uma partida foi capaz de um lançamento milimétrico, preciso, com açúcar, para encontrar a cabeça de Varela, no único instante possível. E não foi um gol inexpressivo. Foi o gol que manteve as tênues e limitadas esperanças portuguesas de classificação para a segunda fase.
O mesmo locutor que faz a pilhéria, no desdém do gajo, enaltece outro, que é também craque, genial no campo, decisivo, sobrenatural, mas que vende cabelo, marca de cueca, olha para o vetê e faz dancinhas, coraçõezinhos, vende badulaques. Não se pode, mesmo, agradar a todos. Mas podíamos ser um pouquinho menos críticos da grama alheia.
Ou lembrar dos chinelos de trave e deixar os chatos para o depois do jantar.
Nesses jogos de chinelo pouco importa o que a crítica especializada acha dos craques, quais as notícias, quem vai casar com quem, se o jogador é bom de família, se cai na noite ou sei lá mais que saramaleques. Nessas horas o que realmente importa é o que o Zé Sérgio fez pela gente. E pronto. Mas a gente cresce....
Algo em Cristiano Ronaldo me incomoda. Me incomoda, e muito, a forma como que boa parte da crítica "especializada" trata o português. Cristiano é um jogadoraço, um gênio, decisivo, craque, sobrenatural. Mas o que importa é o cabelo, o olhar para o vetê, o exibicionismo e a arrogância. Ou as vitrines de roupa, perfumes ou sei lás que ele, como marca, ajuda a vender.
Cristiano Ronaldo, baleado, numa seleção frágil e fraca, no último minuto de uma partida foi capaz de um lançamento milimétrico, preciso, com açúcar, para encontrar a cabeça de Varela, no único instante possível. E não foi um gol inexpressivo. Foi o gol que manteve as tênues e limitadas esperanças portuguesas de classificação para a segunda fase.
O mesmo locutor que faz a pilhéria, no desdém do gajo, enaltece outro, que é também craque, genial no campo, decisivo, sobrenatural, mas que vende cabelo, marca de cueca, olha para o vetê e faz dancinhas, coraçõezinhos, vende badulaques. Não se pode, mesmo, agradar a todos. Mas podíamos ser um pouquinho menos críticos da grama alheia.
Ou lembrar dos chinelos de trave e deixar os chatos para o depois do jantar.
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