sábado, 12 de julho de 2014

Amaralas na Copa 14 - A bela ruiva

Brasília, a capital federal, é uma cidade de muitos segredos. Alguns, pouco importam, mas nos fustigam a vida, dia a dia, numa trapaça repetitiva e nauseante. Mas outros segredos...

Há um pequeno restaurante no sudoeste com uma cozinha muito boa. Os almoços são concorridos, esquema buffet e ó, uma beleza. Mas pouquíssima gente sabe do segredo que aquele lugar alberga... Um segredo capaz de mudar mundo, rumo, prosa, cantiga, amor, bicuda e tudo. Um segredo guardado originalmente a onze chaves. Mas que hoje, só pelo que me recordo, já tem umas quinze, desesseis.

Era dois mil e cinco e qualquer cousa. Na verdade, se for ser fiel mesmo aos fatos todos, o que sempre é impossível, era antes disso, era noventa e fins. Era copa. Era um bolão, desses que se aposta em resultado de jogos, entre amigos. Nada ilegal, só razão para saber quem vai pagar a rodada. Mas o bolão gerava conversas, cervejas, paria correspondências eletrônicas com tirações de sarro, narrativas, samba, rock e muita marmelada. Virou blogue... Chamaram na época de "Bolonistas", um trocadário com bolõesnistas e botão, futebol de botão.

O fato é que eram amigos, amigos de amigos, que ficaram amigos. Aquele papo lousa de moleque, sacanagem concurso de piroca, futebol. Pataquadas, opiniões sobre tudo e lá se vão razões e razões para mais um chope. A copa de 2006 alguém teve ideia: "Vamos escrever a nossa Copa". E foi, e foi, e foi. Todos os jogos foram relatados, sumulados, cronicados, antes deles mesmos. O resultado foram delícias, cremes, pão de ló, torresmo, linguiça calabresa e mais, cerveja, chope e até umas branquinhas. Toda a copa. E ouso dizer, com o pecado da imodéstia, que aquela copa foi deveras melhor, mas um deveras tipo presidente - minto, um deveras tipo imperador Palpatine, super máximo deveras - que a copa original. A final do certame foi um Brasil e Portugal, mágico. O time do Parreira, sabemos, foi um fiasco bíblico, com toques do Sodoma e Gomorra.

Pois bem... o segredo é que naquele restaurante existe uma espécime de santuário, que se abre apenas poucas vezes, pouquíssimas, em verdade, em que os Bolonistas, mais uns outros cabras de um outro blogue, se reúnem para discutir como dominar o mundo. O problema é que na primeira parte da reunião o tema futebol acaba sempre por adiar a conquista global, o que infelizmente mantém a ONU como uma mediadora ineficaz de conflitos, e potências globais desmoralizadas. Mas sabemos todos que a canjica não vai ser doce no Brasileirão.... Um futebol de maracutaias e de qualidade técnica assaz perturbadora, com viés de baixa.

Bom escrevi essas linhas todas para dar um abraço virtual na confraria. Com gosto de saudade, não só da copa que finda. E com vontade de espumar a guela em breve.

Meninos, amo vocês tudo.




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